INSTITUTO AVC DA AMAZÔNIA

Boa alimentação e atividades físicas regulares são os principais aliados na prevenção do Acidente Vascular Cerebral e de outras doenças

acidente vascular cerebral mata
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a doença que mais mata e a principal causa de incapacitação no Brasil.

Considerada a segunda doença que mais mata e a principal causa de incapacitação no Brasil, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é celebrado neste 15 de março no Pará. A data foi criada pela Lei n°9.589 para alertar sobre a importância do controle dos fatores de risco, orientar para os sintomas, medidas preventivas e diagnósticas, bem como estimular ações de conscientização sobre a importância do cuidado integral às pessoas acometidas pela doença. Isso porque a alteração cerebrovascular impacta de forma significativa a vida social, emocional e econômica dos pacientes, por causa das limitações.

Os números de atendimentos preocupam os especialistas. A cada ano, mais de 17 milhões de indivíduos são acometidos por AVC no mundo. Uma a cada 4 pessoas (cerca de 25% da população) será afetada em algum momento da vida. Somente no Brasil, são registrados 400 mil casos e 100 mil mortes anualmente. A região Norte e comunidades com cuidados com a saúde deficiente e, consequentemente, baixa qualidade de vida são as mais atingidas.

Popularmente conhecida como derrame, geralmente a emergência médica ocorre de forma súbita devido ao comprometimento dos vasos sanguíneos cerebrais, que pode ocasionar a falta de oxigenação do sangue e de nutrição para o tecido do cérebro. Conforme os dados do Sistema de Informações Hospitalares do DataSUS, o Pará registrou 5.597  internações e mais de 900 óbitos em decorrência de um AVC, no período de janeiro a dezembro de 2022.

Segundo o membro do comitê científico do Instituto AVC da Amazônia (IAVC), o Prof. dr. Eric Paschoal, a alteração cerebrovascular “tem como causa primária um processo inflamatório crônico que, em um dado momento, se torna agudizado com o comprometimento de funções cerebrais”. Com isso, os neurônios daquela região afetada morrem, causando sequelas ou até morte do paciente. “Os idosos são os mais acometidos, são mais inflamados devido ao processo natural do envelhecimento e possuem maior tendência a desenvolver a agudização de uma doença que cursa com inflamação”, destacou.

Existem dois tipos de AVC, que ocorrem por motivos distintos. O isquêmico é o mais comum, acontece em cerca de 85% dos casos, em razão do entupimento das artérias cerebrais. O tipo hemorrágico se instala devido ao rompimento de um vaso e extravasamento de sangue para o tecido cerebral, e divide-se em subtipos: intraparenquimatoso (que ocorre diretamente no tecido cerebral), causado pelos níveis de pressão arterial muito elevados, representando 10% dos casos. Enquanto o subaracnóideo (meníngeo), geralmente está associado a um aneurisma cerebral rompido e possui a maior chance de mortalidade entre todos os casos.

“As causas podem ser modificáveis e não modificáveis. Porém, cerca de 90% dos casos poderiam ser evitados com medidas preventivas, tais como o controle da hipertensão arterial e glicemia, abstenção do tabagismo, baixo consumo de bebidas alcoólicas, prática regular de atividade física e uma alimentação saudável com mais verduras e legumes. Os  fatores não modificáveis são as doenças genéticas,  a exemplo da displasia fibromuscular, anemia falciforme, policitemia, entre outras”, informou Paschoal.

A dificuldade de abraçar por fraqueza em um dos lados do corpo, desvio da boca para um lado, dificuldade para cantar, falar ou compreender e dor de cabeça acentuada são os principais sinais de alerta. Menos comuns, porém não menos importantes, são sintomas como uma crise de convulsão e a perda da consciência. “Diante da suspeita, o 192 deve ser acionado imediatamente. O paciente deve ser submetido a exames de imagem como tomografia computadorizada e ressonância magnética para confirmar o diagnóstico e  ser submetido a intervenção terapêutica o quanto antes. Quanto mais cedo iniciar o tratamento, menores são os danos causados ao paciente”, alertou o especialista.

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