Uma pesquisa realizada pela Universidade de Liverpool, no Reino Unido, e divulgada na segunda quinzena de janeiro aponta que o vermífugo ivermectina tem eficácia de até 75% na prevenção de mortes causadas pelo novo coronavírus.
Pesquisadores da universidade britânica revisaram 18 trabalhos científicos sobre o medicamento. Esse processo é conhecido como meta-análise e seus resultados são preliminares, mas promissores: eles atestam a eficácia do vermífugo na redução da inflamação e na eliminação mais rápida do novo coronavírus.
O estudo aponta, ainda, que a medicação pode diminuir as possibilidades de infecção e de transmissão do vírus. As taxas de recuperação clínica previstas são de 43%, enquanto as de sobrevivência são 83% maiores em relação a pacientes que não usaram a ivermectina.
Estudo ainda é preliminar:
Andrew Hill, um dos pesquisadores, destaca que o estudo ainda épreliminar e precisa de elementos científicos mais robustos. Só assim, é possível encorajar os órgãos reguladores a considerarem a ivermectina como tratamento contra a Covid-19.
Mário Sommer Bittencourt, pesquisador e cardiologista do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), afirma que “não dá para tirar qualquer conclusão do estudo”. Segundo ele, a pesquisa ainda é muito inicial.
Agência governamental já considera o medicamento:
Após a apresentação dos dados obtidos pela meta-análise da equipe de cientistas, o National Institutes of Health (NIH), agência governamental ameriacana, adicionou a ivermectina como possibilidade em seu protocolo de tratamento contra a Covid-19.
A medida, entretanto, não é um incentivo explícito ao uso do medicamento: apenas sinaliza que a agência não é contra o medicamento, mas também não o encoraja oficialmente. A ivermectina é extremamente popular e barata no Brasil e no mundo. Sua função principal é antiparasitária, além de atuar contra carrapatos em animais e piolhos em humanos.
Universidade de Oxford inicia testes com ivermectina:
A Universidade de Oxford, no Reino Unido, deve iniciar mais uma bateria de testes para apontar a real eficácia da ivermectina. Segundo os cientistas, a ideia é fazer pesquisas mais robustas sobre a eficácia do medicamento.
No momento, os pequisadores buscam voluntários com mais de 65 anos para dar prosseguimento aos testes. Os voluntários precisam estar registrados no sistema Trial and Trace do serviço nacional de saúde britânico, o National Health System (NHS).