INSTITUTO AVC DA AMAZÔNIA

Um novo estudo revelou quais neurônios específicos morrem com o surgimento da doença de Parkinson, o que pode desencadear novos tratamentos direcionados a esses neurônios vulneráveis. As descobertas foram publicadas na revista Nature Neuroscience.

O artigo menciona a degradação dos neurônios dopaminérgicos dentro de uma região do cérebro chamada substância negra, uma das principais marcas da doença de Parkinson. Essa área é responsável pela produção de dopamina, e tem um papel importante na recompensa e no vício.

A dopamina é um dos neurotransmissores, e ajuda a regular o humor, a cognição e a coordenação motora. A perda das células relacionadas com essa química pode levar a sintomas como tremores, depressão e declínio cognitivo.

Os autores desse artigo científico descobriram, no entanto, que nem todos os neurônios da dopamina presentes na substância negra são afetados. Para chegar a essa informação, o grupo analisou um total de 22.048 células cerebrais de pessoas que tiveram Parkinson antes de morrer.

A equipe mediu os padrões de expressão gênica dentro dessas células, e descobriu dez subpopulações distintas de neurônios dopaminérgicos dentro da substância negra. Um desses grupos teve presença mais notável na região inferior, padrão que já tinha sido relacionado a doenças neurodegenerativas.

A conclusão dos cientistas envolvidos no projeto é que esses neurônios podem ser os primeiros danificados, e contam com a maior expressão de genes associados ao risco de desenvolver a doença de Parkinson. Outro aspecto observado pelos pesquisadores é que esses neurônios são especialmente vulneráveis à degeneração, no caso de pessoas com suscetibilidade genética à doença.

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