INSTITUTO AVC DA AMAZÔNIA

Especialistas do Pará capacitaram profissionais de outros estados para o uso de ferramentas tecnológicas. Pará se sobressai no país pela experiência no tratamento da Malformação Arteriovenosa (MAV).

O Hospital Ophir Loyola (HOL), em parceria com o Instituto AVC da Amazônia (IAVC), promoveu, em Belém, um aprimoramento voltado aos neurorradiologistas intervencionistas da unidade para o uso de ferramentas tecnológicas de alta resolução em 4D e de neurofisiologia no tratamento da Malformação Arteriovenosa (MAV). Essa anomalia é a mais frequente na região Norte, e é causada por falhas nas conexões entre artérias e veias do cérebro, que formam um emaranhado de vasos.

Idealizado pelo professor Eric Romero Paschoal, coordenador do Serviço de Neurorradiologia Intervencionista do HOL e do Centro Especializado de Treinamento (CET) do Pará nessa área médica, o II Curso de Imersão em Terapia Neurovascular (CITEN) reuniu especialistas de outras regiões do Brasil nos últimos dias 22 e 23 de agosto.

“A nossa metodologia e os nossos resultados efetivos se destacam daquilo que a literatura científica apresenta. O nosso Centro de Treinamento (CET) conta com a melhor estrutura nos detalhes de cuidado, e o Ophir Loyola é um Hospital de Ensino e sede do programa de formação”, ressaltou Paschoal. 

A segunda edição do CITEN abordou o tratamento das malformações arteriovenosas porque um número significativo de casos é recebido pelo CET do Pará, e parte dessa demanda local e de estados vizinhos é assistida pelo Ophir Loyola, que dispõe da tecnologia necessária para desenvolver o serviço, nos níveis educacional e terapêutico, dessa e de outras doenças neurovasculares.

“Acreditamos que essa maior incidência está relacionada à genética em razão da miscigenação existente com uma forte ligação asiática. Apesar dessa falha anatômica nas veias e artérias do cérebro ser considerada uma doença que acomete 0,04% da população, no banco de dados do nosso Centro Especializado de Treinamento em Neurorradiologia cadastramos 2.500 pacientes em 10 anos”, destaca.

Durante a programação, os participantes foram treinados em modelos de silicone desenvolvidos por uma empresa sueca, com técnicas e estratégias de treinamento. Eles também acompanharam procedimentos realizados em pacientes. 

Para o angiorradiologista e neurointervencionista Alexandre Drayton, que veio do estado do Ceará para participar do curso, “o time de Belém tem disputado um cenário nacional como um grande centro de estudos das malformações arteriovenosas cerebrais e medulares em razão da particularidade étnica da região. O doutor Eric e equipe visam sempre o melhor tratamento para o paciente, então, vim aprender as técnicas empregadas por eles”, disse.

Fonte: Leila Cruz – Ascom Hospital Ophir Loyola

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