Um estudo recente conduzido por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Botucatu lançou luz sobre os desafios enfrentados pelos cuidadores de idosos com demência que vivem em instituições de longa permanência e os benefícios potenciais das intervenções psicoeducacionais.
A demência, condição caracterizada por mudanças cognitivas e comportamentais que levam a uma perda funcional, tornou-se uma preocupação de saúde global com o envelhecimento da população. A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, apresentando desafios tanto para os enfermos quanto para seus cuidadores.
Os objetivos do presente estudo foram investigar a prevalência de sintomas comportamentais e psicológicos de demência em idosos residentes em instituições de longa permanência, determinar a prevalência de sobrecarga e transtornos mentais comuns em cuidadores e avaliar a efeitos de uma intervenção psicoeducacional.
O estudo constatou que os sintomas comportamentais e psicológicos de demência são uma preocupação significativa, com taxas de sintomas como apatia, depressão, distúrbios do sono, agitação e psicose variando entre os residentes.
Uma descoberta importante do estudo foi em relação à prevalência de transtorno mental comum entre os cuidadores. O estudo mostrou que aproximadamente 33% deles apresentaram sinais de transtorno mental comum, o que é maior do que a taxa na população brasileira em geral.
Esse estudo é significativo por enfatizar o papel crucial dos cuidadores e a necessidade de apoio e treinamento para ajudá-los a prestar melhores cuidados a idosos com demência. As descobertas também destacam o valor das intervenções psicoeducacionais na redução da sobrecarga dos cuidadores, o que é essencial para garantir o bem-estar tanto dos cuidadores quanto dos indivíduos aos quais eles prestam auxílio.
FONTE: ABNEURO