A campanha global de vacinação contra a Covid-19 é essencial para combater a pandemia. No entanto, ainda estamos muito longe de sua extinção. De acordo com cálculos recentes, pode levar até sete anos para nos vermos totalmente livres da pandemia. Ou seja, quando 75% da população mundial estiver imunizada.
Essa estimativa foi feita pela “Vaccine Tracker”, ferramenta criada pela Bloomberg (empresa de tecnologia e dados para o mercado financeiro e agência de notícias operacional em todo o mundo com sede em Nova York), cujos cálculos são baseados nas atuais taxas de vacinação – mais de 119 milhões de doses administradas no mundo todo. Este é o maior banco de dados de vacinas contra a Covid-19 já criado.
Segundo a calculadora, os países mais ricos devem alcançar suas metas de vacinação entre este ano e o início de 2022. Israel, o país com a maior taxa de vacinação do mundo, deve ser o primeiro a atingir a meta, pois está se encaminhando para uma cobertura de 75% de vacinados em apenas dois meses.
“Os cálculos serão voláteis e os números podem ser distorcidos por interrupções temporárias”, observa o relatório. As interrupções mencionadas já ocorreram. Remessas atrasadas no Canadá, por exemplo, reduziram a taxa de vacinação do país, aumentando a estimativa de alcance de 75% da população vacinada para 10 anos.
As projeções da ferramenta são atualizadas diariamente e baseiam-se na média de vacinações diárias em dados coletados de 67 países e dos estados e territórios dos EUA.
Importância da vacinação:
Vale destacar que, se apenas algumas pessoas em uma comunidade forem vacinadas, o coronavírus pode continuar a se espalhar sem controle. À medida que mais pessoas tomam a vacina, grupos começam a construir uma defesa coletiva contra o vírus, a chamada “imunidade de rebanho”.
Na comunidade científica, existem definições conflitantes sobre quando a imunidade coletiva é alcançada. Uns acreditam que será quando um número suficiente de pessoas estiver protegido para reduzir a velocidade de transmissão. Outros o definem como o ponto em que os surtos não podem mais ser sustentados. Por exemplo, mesmo se houver um grupo de casos de sarampo em uma comunidade não vacinada, a imunidade coletiva impede que ela se espalhe por todo o país.
Fonte: Bloomberg